Governador de SP diz que colocou efetivo à disposição do Rio para monitorar áreas ocupadas após operação com 121 mortos

  • 31/10/2025
(Foto: Reprodução)
Governador de SP diz que colocou efetivo à disposição do Rio para monitorar áreas ocupadas O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta sexta-feira (31) que colocou o efetivo policial do estado à disposição do Rio de Janeiro para monitorar comunidades ocupadas. O apoio foi oferecido após a megaoperação policial que deixou 121 mortos nos complexos da Penha e do Alemão. "A gente deixou, por exemplo, efetivo policial à disposição do estado do Rio de Janeiro para que eles pudessem fazer as operações agora de monitoramento dessas comunidades, no dia seguinte, que vai ser importante manter uma vigilância sobre essas áreas ocupadas", afirmou Tarcísio, durante entrega de moradias populares em Santa Bárbara d'Oeste, no interior de São Paulo. Um consórcio entre seis governadores aliados, entre eles Tarcísio, já tinha sido anunciado, na quinta-feira (30), com o objetivo de combater a voilência de forma coletiva. "Qquando se fala de um consórcio, a gente sempre vai pegar aquilo que a gente já existe de fundamento jurídico e expandir para outros estados da federação, [...] para que a gente possa cooperar na questão de compra conjunta, para poder comprar em escala, poder comprar mais barato, para poder compartilhar ferramentas de tecnologia, ferramentas de inteligência, cooperar e ter aí compartilhamento de informações no que diz respeito à inteligência", afirmou o governador de São Paulo. Operação no rio era 'necessária', diz Tarcísio Durante a entrevista, Tarcísio também manifestou apoio à operação realizada no Rio. "Lá, você tem uma característica que foge ao confronto polícia/bandido. A gente está falando de guerra irregular, a gente está falando de domínio de território, a gente está falando de facções que se organizaram, que impõem o terror ao estado e à população. Então, em termos de combate a isso, você tem outro tipo de intensidade, outro tipo de estratégia. Nesse, ponto a operação do Rio era necessária, a gente entende dessa forma", afirmou. Para o governador, as ações são necessárias para evitar tomada de territórios por facções e impedir a criação de um "narcoestado". "Ali, você tem uma questão de domínio territorial. Como é que você vai fazer? Vou atuar só na inteligência, vou atuar na asfixia financeira e vou esquecer daquele território que está dominado? Essas operações se complementam. Aquela operação de domínio territorial, aquela operação para expulsar criminosos, para prender criminosos, para afastar criminosos que impõem o terror àquelas pessoas era necessária", completou. Tarcísio de Freitas durante entrevista em Santa Bárbara d'Oeste, nesta sexta-feira (31) Reprodução/ EPTV Entenda o consórcio anunciado Seis governadores aliados se reuniram na quinta-feira, no Rio de Janeiro, e anunciaram a formação do que chamaram de “consórcio da paz” para combater a violência de forma coletiva. Segundo os governadores, o objetivo é integrar forças de segurança e equipes de inteligência. Não foram anunciadas medidas concretas para o combate efetivo da violência. A reunião ocorreu no Palácio Guanabara, sede do governo do Rio. O governador Cláudio Castro (PL-RJ) foi parabenizado por outros governadores pela ação. Governadores anunciam 'consórcio da paz' "Faremos um consórcio no modelo de outros que já existem para que nós possamos dividir experiências e soluções do combate ao crime organizado e da libertação do nosso povo. Vamos discutir estratégias e eu propus que a sede desse consórcio seja no Rio de Janeiro", disse Castro. "Temos uma grande oportunidade de mudarmos a segurança pública do nosso país, com integração e diálogo, mas sobretudo com coragem e efetividade", completou o governador do Rio de Janeiro. Castro disse ainda que uma nova reunião será feita para convidar outros estados a participar do consórcio. Governadores se reúnem no Rio para discutir segurança pública após operação mais letal da história Reprodução TV Globo Além de Castro, participaram do encontro os governadores Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul; e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, que participou de forma virtual, além de Celina Leão, vice-governadora do Distrito Federal. A reunião foi articulada após um encontro virtual realizado na quarta-feira (29), quando os governadores manifestaram apoio à operação policial e decidiram enviar representantes ao Rio para debater estratégias conjuntas de enfrentamento ao crime organizado. Organizado pelo governador Jorginho Mello, o encontro também serve para reforçar a união desse grupo político no combate à violência. Megaoperação com cerca de 2.500 policiais civis e militares é deflagrada nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, nesta terça- feira, 28 de outubro de 2025. Jose Lucena/TheNewsS2/Estadão Conteúdo Ainda sobre o consórcio, Caiado e Jorginho Mello deram mais detalhes sobre o projeto que pretende reunir todos os 27 estados da federação. "A tese do consórcio é exatamente fazer com que todas as nossas forças integradas com base na inteligência e a parte operacional, possam ser utilizadas para poder atender qualquer um dos governadores num momento emergencial, sem ter que perguntar (...) Com deslocamento imediato. Então, isso dá uma agilidade", explicou Ronaldo Caiado. "Vamos integrar os estados com todos os meios: contingência, inteligência, apoio financeiro. O que tiver que ser feito nós vamos fazer. Claro que nós vamos fazer um regulamento agora, o consórcio foi criado hoje. Mas a ideia é que a gente possa emprestar o que cada um tem de melhor", disse Mello. Arsenal de fuzis apreendido na Penha e no Alemão incluía armas de exércitos de Venezuela, Argentina, Peru e Brasil ADPF Cláudio Castro voltou a fazer elogios a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que validou em abril um conjunto de regras que definem como devem ser feitas as operações policiais em comunidades do Rio de Janeiro. As medidas fazem parte da chamada ADPF das Favelas, ação que levou ao Supremo o debate sobre a atuação das forças de segurança em áreas de alta vulnerabilidade. "Uma decisão que aponta um caminho claro (ADPF), de retomada de território, de integração, de financiamento. E que o Rio de Janeiro, através dessa decisão brilhante do STF, possa ser esse grande laboratório, já que ele hoje é o epicentro que ele possa virar o laboratório dessa que pode ser a ação que mude a história do Brasil", analisou. Escritório emergencial Na quarta-feira (29), o governador Cláudio Castro e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciaram a criação do Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado. O núcleo será coordenado pelo secretário de segurança do Rio, Victor Santos, e terá apoio do Governo Federal. Castro e Lewandowski anunciam criação de escritório emergencial contra o crime organizado Entre as medidas anunciadas estão o envio de 50 agentes da Polícia Rodoviária Federal e o reforço na área de inteligência. Lewandowski também mencionou a disponibilização de vagas em presídios federais e de peritos para auxiliar nas investigações. Durante o anúncio, Castro voltou a usar o termo “narcoterrorismo” para se referir ao Comando Vermelho e afirmou que, por ora, não vê necessidade de solicitar a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ao Governo Federal. Nova lei Ainda na quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que endurece o combate ao crime organizado e amplia a proteção de autoridades e servidores públicos envolvidos nessa área. A medida foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (30). De autoria do senador Sergio Moro (União-PR), a nova legislação cria dois novos tipos penais: Obstrução de ações contra o crime organizado: prevê pena de 4 a 12 anos de prisão para quem ordenar ou oferecer vantagens para que alguém pratique violência ou ameaça contra autoridades, testemunhas ou colaboradores. Conspiração para obstrução: pune acordos entre duas ou mais pessoas para planejar atos de violência com o mesmo objetivo, mesmo que não sejam executados. A lei também prevê reforço na segurança pessoal de juízes, membros do Ministério Público, policiais e militares — inclusive aposentados — e seus familiares, quando estiverem sob risco em razão do exercício de suas funções. 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FONTE: https://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2025/10/31/governador-de-sp-diz-que-colocou-efetivo-a-disposicao-do-rio-para-monitorar-areas-ocupadas-apos-operacao-com-121-mortos.ghtml


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