Acusado de participar de racha e causar morte de jovem de 18 anos vai a júri popular em Piracicaba

  • 10/09/2025
(Foto: Reprodução)
Beatriz Menezes Vieira, vítima do acidente Acervo pessoal Vai a júri popular nesta quarta-feira (10), em Piracicaba (SP), Donanfer Pereira Cardena. Ele é acusado de dirigir após consumir bebida alcoólica e participar de um racha que causou a morte de Beatriz Menezes Vieira, de 18 anos, e deixou ferida outra jovem, de 19 anos, em 7 de setembro de 2017, em uma avenida da cidade. A defesa contesta que ele bebeu ou estava em alta velocidade, e sustentou durante o processo que o veículo de Donanfer foi fechado por outro carro (veja o posicionamento completo no final da reportagem). O réu responde pelo caso em liberdade. Segundo as investigações sobre o caso, o réu e as vítimas tinham saído de uma festa, durante a madrugada, em um veículo VW Gol. Ele era o motorista, sua namorada ocupava o banco dianteiro do passageiro, enquanto outras duas jovens estavam no banco traseiro. Baixe o app do g1 para ver notícias de Piracicaba e região em tempo real e de graça Em certo momento, conforme a acusação, Donanfer passou a realizar manobras arriscadas com o veículo e a dirigir em alta velocidade e, na Avenida Limeira, o motorista de um carro modelo Hyundai i30 emparelhou ao lado do Gol e passou a acelerar o motor, como se o convidasse para um racha. A denúncia aponta que Donanfer aceitou o desafio, os dois veículos saíram em alta velocidade, mas em questão de segundos ele perdeu o controle do Gol em uma curva e bateu em um poste e em uma árvore, o que fez com que as duas jovens que estavam no banco traseiro fossem lançadas para fora do carro. Beatriz ficou presa embaixo do veículo, chegou a ser socorrida com vida, mas não resistiu aos ferimentos. A outra jovem teve escoriações e hematomas pelo corpo. Júri vai ocorrer no Fórum de Piracicaba Edijan Del Santo/EPTV Motorista deixou o local, diz denúncia A jovem de 19 anos que ficou ferida relatou em depoimento que, após ter causado o acidente, o motorista saiu do local com a namorada, depois dela ter dito: “miga, vamos embora porque ele bebeu e poderá ser preso”. No processo, o Ministério Público informou que testemunhas relataram à Polícia Militar que o motorista do carro estava disputando uma corrida ilegal. Perícia aponta velocidade acima do limite Um parecer técnico elaborado pelo Centro de Apoio Operacional à Execução (Caex), do Ministério Público, concluiu que “a velocidade máxima que o veículo poderia ter percorrido sem que houvesse perda da direção (saída pela tangente) está entre 119 km/h (quilômetros por hora) e 141 km/h”. E indicou que, ao perder a direção do veículo e causar a batida, estava muito acima da velocidade máxima permitida na via, que era de 60 km/h. Donanfer foi denunciado por homicídio e, duas vezes, por tentativa de homicídio (referente às duas passageiras que sobreviveram). Para o Ministério Público, o réu agiu "de forma a resultar perigo comum, por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, assumindo o risco de provocar o resultado". Beatriz tinha 18 anos na época do acidente Acervo pessoal Mãe destaca que júri ocorre após 8 anos Em postagem publicada em rede social, a mãe de Beatriz, Sônia Regina Menezes, destacou que o júri ocorre oito anos após o acidente. "Depois de 8 anos, vai acontecer o julgamento do motorista que causou o acidente que vitimou a minha filha. Sempre acreditei na boa, perfeita e agradável vontade do Senhor para minha vida e assim continuo acreditando. Até aqui o Senhor me ajudou [...] Que seja feita a vontade de Deus", escreveu. O que diz a defesa Ao g1, o advogado José Oscar Silveira Junior, que defende o réu, afirmou que não procede a acusação de que Donanfer estaria embriagado e em alta velocidade. "Após o capotamento, ele mesmo chamou o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] e provou isso no processo. Ele providenciou o socorro. Quando o socorro chegou, ele não estava no local", acrescentou. O argumento do réu para deixar o local é de que temia ser linchado. O defensor disse que não foi feito exame de sangue ou teste de bafômetro para constatar se ele havia bebido. "Ele estava vindo de uma festa de casamento evangélica e ninguém, a não ser a melhor amiga da vítima afirma em depoimento que teria visto ele bebendo na festa, e não fala quanto tempo antes. Todas as demais testemunhas não confirmam a versão", argumentou. No processo, o acusado afirmou que o motivo do acidente é que foi fechado pelo motorista de outro carro. Quanto à velocidade, Silveira Junior afirmou que seu cliente não foi multado, mesmo com "vários radares" na via, o que seria impossível se estivesse em um racha. "Além disso, há uma testemunha-chave, motorista de coletivo, que não o conhece, mas prestou depoimento na delegacia e na presença do juiz na primeira fase, afirmando que ele não saiu em alta velocidade após a abertura do semáforo", finalizou. Veja também Acidente com dois carros e uma moto deixa 5 mortos e 2 feridos em rodovia de Piracicaba Duas vítimas de batida entre dois carros e moto em Piracicaba seguem internadas VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e Região Veja mais notícias sobre a região na página do g1 Piracicaba.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2025/09/10/acusado-de-participar-de-racha-e-causar-morte-de-jovem-de-18-anos-vai-a-juri-popular-em-piracicaba.ghtml


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